No Iraque a O Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL) não está matando apenas cristãos, outras minorias religiosas também estão sofrendo nessa guerra civil que tem como objetivo criar um Estado islâmico.
A minoria yazidi também tem sido perseguida, essa semana cerca de 50 mil deles – na maioria mulheres e crianças – foram cercados pelos jihadistas no Norte do país. Fugindo da violência da cidade, o grupo tentou se refugiar na montanha de Sinjar, mas foram rodeados pelos extremistas.
Sem abrigo, sem fonte de água e alimentação escassa milhares de pessoas morreram. O governo iraquiano até tentou largar água engarrafada na montanha, mas a tentativa não foi o suficiente. Os militares curdos, que estão lutando contra os jihadistas, tentam seguir até a montanha para libertar os yazidis, mas passar pelas aldeias sunitas – cuja maioria é simpatizante dos terroristas – é um desafio que pode complicar a missão.
Os yazidis vivem no Norte do Iraque e em partes da Síria e da Turquia. Acredita-se que há de 70 mil a 500 mil yazidi nessa região, segundo dados da BBC.
Etnicamente, segundo o site Renascença, os yazidis são curdos, porém a crença religiosa é outra. Eles acreditam em elementos cristãos e islâmicos, mas suas crenças se misturam também com o Zoroastrianismo, uma religião que já foi majoritária na antiga Pérsia.
Na crença yazidi, Deus é o criador da Terra, porém sete anjos foram colocados como guarda e o principal deles seria Melek Taus, também conhecido como Anjo Pavão. O símbolo usado para este anjo é o mesmo do nome Shaytan, que no Alcorão representa Satanás.
Por conta disso, muitos muçulmanos consideram os yazidis como satânicos, o que explica a maldade como os jihadistas estão tratando esta comunidade. O site Renascença afirma que os extremistas divulgam fotos com execuções dos homens yazidis na internet e também diz que, ao contrário dos cristãos, os yazidis não são forçados a se tornarem muçulmanos, pois para esses não haveria salvação.
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